Baixa auto-estima e
complexo de inferioridade
Nenhum
ditador provocou ou vem provocando tanto dano à Maçonaria quanto o maçom
vaidoso, esse sapador inveterado, este Cavalo de Troia que a destrói por dentro
sem o emprego de armas, grilhões, ferros, calabouços e leis de exceção. Ele é
indiscutivelmente o maior inimigo da Maçonaria, o mais nefasto dos impostores,
o principal destruidor de lojas. Ele é pior do que todos os falsos maçons
reunidos porque se iguala a eles em tudo o que não presta e raramente em alguma
virtude.
Uma
característica marcante que se nota neste tipo de maçom, logo ao primeiro
contato, é a sua pose de justiceiro e a insistência com que apregoa virtudes e
qualidades morais que não possui. Isso salta logo à vista de qualquer um que
comece a comparar seus atos com as palavras que saem da sua boca. O que se vê
amiúde é ele demonstrar na prática a negação completa daquilo que fala,
sobretudo daquilo que difunde como qualidades exemplares do maçom aos
Aprendizes e Companheiros, os quais não demora muito a decepcionar. Vaidoso ao
extremo, para ele a Maçonaria não passa de uma vitrine que usa para se exibir,
de um carro de luxo o qual sonha um dia pilotar. E, quando tem de fato este afã
em mente, não se furta em utilizar os meios mais insidiosos para tentar
alcançá-lo, a exemplo do que fazem nossos políticos corruptos.
Narcisismo
em um dos extremos, e baixa auto-estima no outro, eis as duas principais
características dos maçons vaidosos e arrogantes. No crisol da soberba em que
vivem imersos, podemos separá-los em dois grupos distintos, porém idênticos na
maioria dos pontos: os toscos ignorantes e os letrados pretensiosos.
A trajetória dos
primeiros é assaz conhecida:
Por
serem desprovidos do talento e dos atributos intelectuais necessários para
conquistarem posição de destaque na sociedade, eles ingressam na Maçonaria em
busca de títulos e galardões venais, de fácil obtenção, pensando com isso obter
algum prestígio. Na vida profana, não conseguem ser nada além de meros
serviçais, de mulas obedientes que cedem a todos os tipos de chantagem. Por
isso, fazer parte de uma instituição de elite (isso mesmo, de elite!) como a
Maçonaria produz neles a ilusão de serem importantes; ajuda a mitigar um pouco
a dor crônica que os espinhos da incompetência e da mediocridade produzem em
suas personalidades enfermas.
O
segundo em quase tudo se equipara ao primeiro, porém com algumas notáveis
exceções:
Capacitado
e instruído, em geral ele é uma pessoa bem sucedida na vida. Sofre, porém,
desse grave desvio de caráter conhecido pelo nome de “Narcisismo”, que o torna
ainda pior do que o seu êmulo sem instrução. Ávido colecionador de medalhas,
títulos altissonantes e metais reluzentes, este maçom é uma criatura pedante e
intragável, que todos querem ver distante. No fundo ele também é um ser que se
sente rejeitado; sua alma é um armário de caveiras e a sua mente um antro
habitado por fantasmas imaginários. Julgando-se o centro do Universo, na
Maçonaria ele obra para que todas as atenções fiquem voltadas para si, exigindo
ser tratado com mais respeito do que os irmãos que atuam em áreas profissionais
diferentes da dele. Pobre do irmão mais jovem e mais capacitado que cruzar o
seu caminho, que ousar apontar-lhe uma falta, que se atrever a lançar-lhe no
rosto uma imperfeição sua ou criticar o seu habitual pedantismo! O seu rancor
se acenderá automaticamente e o que estiver ao seu alcance para reprimi-lo e
intimidá-lo ele o fará, inclusive lançando mão da famosa frase, própria do
selvagem chefe de bando: “Sabe com quem está falando!!!” Desse modo ele acaba
externando outra vil qualidade, que caracteriza a personalidade de todo homem
arrogante: a covardia.
O
número de irmãos que detesta ou despreza este tipo de maçom é condizente com a
quantidade de medalhas que ele acumula na gaveta ou usa no peito. Na vida
profana seus amigos não são verdadeiros; são cúmplices, comparsas, associados e
gente que dele se acerca na esperança de obter alguma vantagem. E nisso se
insere a mulher com a qual vive fraudulentamente. Todos os que o rodeiam,
inclusive ela, estão prontos a meter-lhe um merecido chute no traseiro tão logo
os laços de interesse que os unem sejam desfeitos. O seu casamento é um teatro
de falsidades e o seu lar um armazém de conflitos. Raramente familiares seus
são vistos em nossas festas de confraternização. Quando aparecem, em geral
contrariados, não conseguem esconder as marcas indeléveis de infelicidade que
ele produz em seus rostos.
Em
sua marcha incessante em busca de distinções sociais que supram a sua
insaciável necessidade de auto-afirmação, é comum vermos este garimpeiro de
metais de falso brilho farejando outras organizações de renome, tais como os
clubes Lyons e Rotary, e gastando nessas corridas tempo e dinheiro que às vezes
fazem falta em seu lar. A Maçonaria, que tem a função de melhorar o homem, a
sociedade, o país, e a família, acaba assim se convertendo em uma fonte de
problemas para os seus familiares; e ele, em uma fonte de problemas para a
Maçonaria.
Um
volume inteiro seria insuficiente para catalogar os males que este inimigo da
paz e da harmonia pratica, este bacilo em forma humana que destrói nossa
instituição por dentro, qual um cancro a roer-lhe as células, de modo que
limitar-nos-emos a expor os mais comuns.
Comportamento
em Loja
Incapaz
de polir a Pedra Bruta que carrega chumbada no pescoço desde o dia em que
nasceu, de aprimorar-se moral e intelectualmente, de lutar para subtrair-se das
trevas da ignorância e dos vícios que corrompem o caráter; de assimilar
conhecimentos maçônicos úteis, sadios e enobrecedores, para na qualidade de
Mestre poder transmiti-los aos Aprendizes e Companheiros, o que faz o nosso
personagem? Simplesmente coloca barreiras em seus caminhos, de modo a retardar
lhes o progresso!
Ao
invés de estudar a Maçonaria, para poder contribuir na formação dos Aprendizes
e Companheiros, de que modo ele procede? Veda a discussão sobre assuntos com os
quais deveria estar familiarizado, fomentando apenas comentários sobre as
vulgaridades supérfluas do seu cotidiano! Ao invés de encorajar o talento dos
mesmos, de ressaltar suas virtudes e estimular o seu desenvolvimento, o que faz
ele? Procura conservá-los na ignorância de modo a escamotear a própria! Ao
invés de defender e ressaltar a importância da liberdade de expressão e da
diversidade de opiniões para a evolução da humanidade, como ele age? Censura
arbitrariamente aqueles cujas ideias não estejam em harmonia ou sejam
contrárias às suas! Ao invés de fomentar debates sobre temas de importância
singular para o bem da Loja em particular e da Maçonaria em geral, como age
ele? Tenta impedir a sua realização por carecer de atributos intelectuais que o
capacitem a participar deles! E, nos que raramente promove, como se comporta?
Considera somente as opiniões daqueles que dizem “sim” e “sim senhor” aos seus
raramente edificantes projetos!
Tal
como o maçom supersticioso, este infeliz em cujo peito bate um coração cheio de
inveja e rancor nutre ódio virulento e indissimulado pela liberdade de expressão,
que constitui um dos mais sagrados esteios sobre os quais repousam as
instituições democráticas do mundo civilizado, uma das bandeiras que a
Maçonaria hasteou no passado sobre os cadáveres da intolerância, da escravidão
e da arbitrariedade.
Dos
atos indecentes mais comumente praticados por este falsário, o que mais repugna
é vê-lo pregando “humildade” aos irmãos em Loja, em particular aos Aprendizes e
Companheiros, coberto da cabeça aos pés de fitões, jóias e penduricalhos
inúteis, qual uma árvore de natal. Outro é vê-lo arrotando, em alto e bom som,
ter “duzentos e tantos anos de Maçonaria” e exibindo o correspondente em
estupidez e mediocridade. O terceiro é vê-lo trajando aventais, capas,
insígnias, chapéus e colares, decorados com emblemas que lembram tudo, exceto
os compromissos que ele assumiu quando ingressou em nossa sublime e veneranda
instituição.
Cego,
ignorante e vaidoso, nosso personagem não percebe o asco que provoca nas
pessoas decentes que o rodeiam.
Como
já foi dito, a Maçonaria serve apenas de vitrine para ele. Como não é possível
permanecer sozinho dentro dela sem a incômoda presença de outros impostores –os
quais não têm poder suficiente para enxotar–, ele luta ferozmente para afastar
todo e qualquer novo intruso, imitando alguns animais inferiores aos humanos na
escala zoológica, que fixam os limites de seus territórios com os odores de
suas secreções e não toleram a presença de estranhos. Qualquer irmão que comece
a brilhar ao lado desta criatura rasteira é considerado por ela inimigo. A luz
e o progresso do seu semelhante o incomoda, fere o seu ego vaidoso. Por este
motivo tenta obstaculizar o trabalho dos que querem atuar para o bem da loja;
por isso recusa-se a transmitir conhecimentos maçônicos (quando os possui) aos
Aprendizes e Companheiros, sobretudo aos de nível intelectual elevado, ou os
ministra em doses pífias, para que futuramente não sejam tomados como exemplos
e ofusquem ainda mais a sua mediocridade. Um maçom exemplar, íntegro, que
cumpre rigorosamente os compromissos que assumiu quando ingressou em nossa
Instituição, não raro converte-se em alvo de suas setas, pois seus olhos míopes
não conseguem ver honestidade em ninguém; sua mente estragada o interpreta como
potencial “concorrente”, que nutre interesses recônditos semelhantes aos seus.
O
maçom arrogante mal conhece o significado de nossas belas e simples alegorias.
Se as conhece, as despreza. Sua mente acha-se preocupada unicamente com o
sucesso de suas empreitadas, em encontrar maneiras de estar permanentemente ao
lado das pessoas cujos postos ambiciona. Fama e poder são os seus dois únicos
objetivos, tanto na vida maçônica, como na profana. As palavras Liberdade,
Igualdade e Fraternidade, que compõem a Trilogia Maçônica, não fazem parte do
seu vocabulário, e com freqüência é visto pisoteando os valores que elas
encerram. A história, a filosofia e os objetivos de nossa Veneranda Instituição
não lhe despertam o menor interesse, pois é frio, calculista, e não tem
sensibilidade nem conhecimento para compreendê-los e assimilá-los. Ele é
diametralmente oposto ao que deve ser o maçom exemplar, em todos os pormenores.
É a antítese de tudo o que a Maçonaria apregoa e deseja de seus membros : uma
criatura vil e rasteira que semeia a discórdia, afugenta bons irmãos, e termina
por destruir ou fragmentar a Loja (ou lojas), resultado às vezes de anos de
trabalho árduo, caso ela teime em não se colocar sob a sua batuta ou se mostre
contrária às suas aspirações egoístas.
A
insolência desse tipo de maçom – e também o asco que destila –, vai crescendo
conforme ele vai “subindo” nos altos graus (ou graus filosóficos). Sentindo-se
importante por ter sido recebido em determinado grau, com a pompa digna de um
rei, ele passa a considerar-se superior aos irmãos de graus “inferiores”, em particular
aos Aprendizes e Companheiros, ignorando o que reza o segundo Landmark, que
estabelece a divisão da Maçonaria Simbólica em apenas três graus. Mas reservar
um tempo para dedicar-se à sua Loja, um momento para confraternizar com irmãos
íntegros e honestos, ler algo de útil que possa servir de instrução a si e aos
demais, essas são as suas últimas preocupações. O seu tempo disponível ele o
reserva inteiramente às festinhas fúteis, nas quais pode ser notado e
lisonjeado, onde pode ajuntar-se a outros maçons falsos e vulgares, prontos
para enterrar-lhe um punhal nas costas na primeira oportunidade que surgir.
Perceba
o leitor com que velocidade esse “irmão” deveras atarefado arruma tempo quando
é chamado para arengar em um tablado representando a Maçonaria! Note a
pontualidade com que chega na passarela onde vai desfilar e ser fotografado com
os seus paramentos. Observe como ele fica cheio de si quando é agraciado com
uma rodela de lata qualquer ou vê o seu lindo rosto estampado nas páginas de
alguma revista maçônica! Perceba como se curva aos pés dos que tem mais
prestígio e poder do que ele! Note como ele os bajula!
Este
prevaricador vagabundo não trabalha e não deixa os outros trabalhar para não
ter de arregaçar as mangas também. Quando se mete a ministrar instruções aos
Aprendizes e Companheiros ele o faz de modo precário, sem estar familiarizado
com elas. Raramente sabe responder questões que os irmãos lhe dirigem.
Tergiversa sempre com a mesma resposta: É preciso pesquisar! Ele não faz nada
porque não sabe fazer nada, não quer aprender nada, e no íntimo não gosta da
Maçonaria e não ama seus irmãos! Nossas “reuniões” são para ele um fardo. Nas
vezes que comparece em loja, exige ser ouvido e jamais dá atenção aos que falam
aos demais, obrando para que a sua palavra sempre prevaleça nas decisões a
serem tomadas. Quando o seu nome não consta na Ordem do Dia – o que significa
que não terá a oportunidade de exibir a sua hipocrisia ou arengar as suas
imposturas –, retira-se antes da “reunião” terminar ou, quando permanece, o faz
com o olhar fixo no relógio.
Campeão
em faltas e em delitos, quando este falso maçom comparece à Loja ele o faz para
dar palpites indevidos, censurar tudo e todos, propor projetos mirabolantes e
soluções inconsistentes com os problemas que surgem em nossas relações. Jamais
faz uso de críticas sadias e construtivas, aquelas que apontam erros e sugerem
soluções para os mesmos.
Comportamento na
Sociedade
Passemos
agora à exposição do comportamento deste detestável impostor na sociedade,
outra praia onde adora se exibir, embora poucos o notem.
Ele
circula pelas ruas do bairro onde vive de nariz empinado, cheio de empáfia,
tentando vender a todos, sobretudo aos mais humildes, a falsa imagem de alguém
assaz importante. Ostentando correntes, anéis, gravatas, broches e outros
adereços maçônicos – alguns com peso suficiente para curvar o tórax – tão logo se acerca de uma roda de amigos, ou
melhor, de gente com paciência para aturá-lo, ele passa a ensejar conversas
maçônicas desnecessárias, fazer alarde de sua condição de maçom e de ser membro
de uma poderosa “gangue”, com o único propósito de colocar-se acima deles.
Quando, porém, um profano lhe dirige algumas perguntas a respeito de nossa
instituição, movido por uma sadia e natural curiosidade, ele responde
geralmente o que não sabe, fitando-o de cima para baixo, com desprezo, como se
estivesse encastelado sobre um pedestal de ouro.
Como
o caracol, este tipo de maçom costuma deixar um rastro visível e brilhante por
onde trafega, tornando muito fácil a identificação sua e do seu paradeiro, que
é o que ele efetivamente deseja, embora afirme o contrário. Mas, para a sua
infelicidade, pouca gente dá importância aos seus recados vaidosos. O
automóvel, o lar e o local onde trabalha correspondem ao exoesqueleto deste
animal, ao passo que os adereços e os objetos maçônicos que ele usa e espalha
por todos os lados à gosma que libera. Impulsos provenientes das regiões recônditas
do cérebro onde se alojam o seu complexo de inferioridade e a sua baixa
auto-estima dizem a ele onde derramá-la.
Do
mesmo modo que prostitui nossa instituição, transformando- a em templo da
vaidade, ele corrompe também a natureza de muitos objetos inanimados,
desvirtuando os propósitos para os quais foram concebidos. Os vidros do
automóvel não servem para proteger os passageiros do vento e da chuva, mas para
ostentar adesivos maçônicos escandalosos que avisam os transeuntes e os
motoristas dos carros que estão na retaguarda que “alguém muito importante”
maneja o volante. As paredes da sua casa não servem como divisórias, mas de
outdoors para a colagem de diplomas maçônicos que levam o seu nome. O isqueiro
ele usa para tentar acender um cigarro que talvez nem fume ou sabendo que ele
não funciona mais (o importante é as pessoas notarem o compasso e o esquadro
colados nele!). A caneta com compasso encravado na tampa ele usa para mostrar
que é maçom àquele que está perto do papel no qual finge estar escrevendo
alguma coisa. O relógio da sala não serve para mostrar a hora certa, mas para
dizer aos visitantes que o seu dono é maçom. As estantes da sala não servem
para acomodar bons livros, mas para armazenar troféus, medalhas, placas
comemorativas, mimos e tudo o mais que avise que há um maçom por ali. O mesmo
vale para pratos, talheres, lenços, gravatas, bonés, bolsas, bonecos, malas,
bengalas e, pasmem, até revólveres e espingardas! Enfim, qualquer objeto que
possa lhe servir de propaganda ele o corrompe.
Prejuízo
O
maçom arrogante sabe muito bem que é um desqualificado moral, que carece das
virtudes necessárias para dirigir homens de caráter, mas mesmo assim quer
assumir o cargo de Venerável e nele perpetuar-se. Insolente, julga-se o único
com aptidão para empunhar o malhete, menoscabando a capacidade dos demais
irmãos. Sempre que pode procura manobrar as eleições para que os cargos em loja
sejam preenchidos por integrantes de sua medíocre camarilha, que, uma vez
empossada, vai aprovar seus atos malsãos e alimentar a sua vaidade. Dessa
maneira ele trava as rodas da Loja, impedindo-a de progredir, de desfraldar as
suas velas.
Nosso
personagem costuma mais faltar do que comparecer às reuniões, como já foi dito.
Quando o faz, é quase sempre para tentar colocar-se em destaque, humilhar
alguém, violar regulamentos, e fazer prevalecer os seus caprichos pessoais.. É
claro que ele não age só, pois se assim fosse a sua eliminação seria fácil e
sumária. Ele conta com o respaldo de pequenos grupelhos de gente sórdida e
submissa, que aprova suas ações, que corrompe e deixa-se corromper. Às vezes
conta até com a cumplicidade dissimulada de alguns delegados, que, por motivos
políticos ou de ordem pessoal, fazem vista grossa aos seus insidiosos manejos e
prevaricam no que constitui uma das mais importantes missões dentro da
Maçonaria.
Terminado
o período de sua administração como Venerável este impostor passa a meter o
nariz em assuntos que não mais lhe dizem respeito, usurpando funções de outros
irmãos da loja, incluindo as do seu sucessor. Quer mandar mais do que os
outros, quer ser o dono da Loja; quer admitir candidatos sem escrutínio para
engrossar a sua camarilha; quer manobrar a todos e violar leis. Expõe os
Aprendizes e Companheiros a constantes querelas com outros Mestres, quase
sempre motivadas pela vaidade e pela sede de poder.
Especialista
em apontar erros nos outros, o maçom arrogante jamais admite um erro seu.
Quando, porém, as circunstâncias tornam isso impossível, ele o faz rangendo os
dentes e disparando setas em todas as direções, muitas vezes ferindo os poucos
irmãos que o querem bem. Além de tudo é um indivíduo vingativo. Caso sofra uma
contrariedade qualquer, ou veja descartada uma irracional conjectura sua, ele
passa a fomentar intrigas e provocar cismas na loja. Aquele que for investigar
as causas que levaram uma determinada oficina a abater colunas notará em seus
escombros a marca indelével de sua mão, que muitas vezes deixa impressa com
orgulho!
Elemento
altamente desestabilizador e perigoso, o maçom vaidoso é o principal
responsável pelo enfraquecimento das colunas de uma loja, pela fuga em massa de
bons irmãos, e pela decadência da Maçonaria de uma forma geral. Quanto maior
for o seu número agindo no corpo da Maçonaria, mais fraca, enferma e suscetível
à contração de outros males ela se torna, mais exposta a escândalos e prejuízos
ela fica. Sua eliminação é, portanto, condição sine qua nom para a conservação
da saúde de nossa Sublime Instituição.
Autor:
Ricardo Vidal
Fonte:
O Ponto Dentro do Círculo
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